NA VERDADE, A OBRA NÃO É CURSO SUPERIOR, E SIM M(OBRA)L!

Meu Deus eu não paro de me surpreender a cada dia que passa com este ensino icemita, agora, eu é que pergunto que evangelho é este, que igreja é esta que segue práticas tão afastadas da ensino de Jesus.

A cada dia que passa agradeço a Deus por eu e minha família estarmos fora desta igreja(ensino, mentalidade, puro pragmatismo).

Irmãos o GG só destila ódio pelos retirantes, isto podemos ver agora que saímos, mas alguns vídeos que estão sendo vinculados na net com datas de 2002/03/04/05 etc…

Quando ainda estava tudo trânquilo, tudo debaixo do pano,reléx. Olha o cúmulo que o sr presidente da obra fala: A religião,o movimento, outras denominações, tudo isso é MOBRAL(Movimento Brasileiro de Alfabetização) que ja deixou de existir há muito tempo,ou seja, ensino arcaico, bem ralézinho, básico do básico.

Mas a obra não, à essa obra não, essa é considerada ensino SUPERIOR, para os icemitas uma verdadeira HARVARD a respeito de doutrina e entendimento da bíblia além da letra. Sabem o que isto me faz lembrar: O Farizeu e o Públicano…Lucas 18:09 (E disse Jesus esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos e desprezavam os outros…)

Assim como os icemitas entendem que são a elite espiritual os Farizeus detinham a mesma opinião sobre si mesmos.

Agora eu pergunto: Quem foi que batalhou astutamente p/ que Jesus fosse crucificado? E quem ensina que a oração só vai ser ouvida se vc crucificar (Clamor P.S de Jesus)Jesus novamente?

Quem souber por favor me responda! Não consegui anexar o link, mas entre em http://www.myspace.com.br, clik no campo videos e escreva ICM e a superioridade da raça Obrariana! Lá estarão outros 5 videos.

Abraço a todos,

Irmão dos Pampas.

COMENTÁRIO DIGA NÃO ÀSEITA:

Certa vez, o monarca proferiu essa declaração, com os clarins do palácio, que a OBRA É CURSO SUPERIOR, E TODO O RESTO É MOBRAL!

Gostaríamos de abordar esse assunto no presente artigo.

Usaremos dois arquivos, encontrados nos links http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb10a.htm e http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Brasileiro_de_Alfabetiza%C3%A7%C3%A3o. Faremos uma composição dos dois, visto que o primeiro é mais crítico, enquanto o outro é somente descritivo.

Vou destacar alguns pontos, já fazendo as devidas comparações, sinalizadas com a letra C, no intuito de evitar que o texto fique mais extenso ainda. As similaridades do MOBRAL com o M(OBRA)L são assustadoras!

Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) foi um projeto do governo brasileiro, criado pela Lei n° 5.379, de 15 de dezembro de 1967, e propunha a alfabetização funcional de jovens e adultos, visando “conduzir a pessoa humana a adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de integrá-la a sua comunidade, permitindo melhores condições de vida.

C: A mesma época que começou o MOBRAL, foi, curiosamente, também implementado o M(OBRA)L vilavelhense, 1967 ou 1968! A proposta deste último projeto, no papel, também era parecida: leitura, escrita e cálculo, com a abecedário da obra, O-B-D-C, para integração à comunidade seleta icemita, supondo ter melhores condições de vida dentro do universo da obra.

MOBRAL surgiu como um prosseguimento das campanhas de alfabetização de adultos iniciadas com Lourenço Filho. Só que com um cunho ideológico totalmente diferenciado do que vinha sendo feito até então. Apesar dos textos oficiais negarem, sabemos que a primordial preocupação do MOBRAL era tão somente fazer com que os seus alunos aprendessem a ler e a escrever, sem uma preocupação maior com a formação do homem.

C: O M(OBRA)L está muito pouco preocupado com a formação do homem, da família, e dentro do contexto da Igreja (Corpo de Cristo) de levar ao entendimento do Evangelho Pleno de Cristo, que efetivamente liberta o homem para uma Eternidade com Cristo, algo muito além de um “entendimento de obra”.

Criado e mantido pelo regime militar, durante anos, jovens e adultos frequentaram as aulas do MOBRAL, cujo objetivo era proporcionar alfabetização e letramento a pessoas acima da idade escolar convencional. A recessão econômica iniciada nos anos oitenta inviabilizou a continuidade do MOBRAL, que demandava altos recursos para se manter.

C: O projeto M(OBRA)L tem como pano de fundo o regime ditatorial, e o seu custo de manutenção é elevadíssimo.

Apesar da ênfase na pessoa, ressaltando-a, numa redundância, como humana (como se a pessoa pudesse não ser humana!), vemos que o objetivo do MOBRAL relaciona a ascensão escolar a uma condição melhor de vida, deixando à margem a análise das contradições sociais inerentes ao sistema capitalista. Ou seja, basta aprender a ler, escrever e contar e estará apto a melhorar de vida.

C: No M(OBRA)L, as contradições sociais inerentes a quem tem e quem não tem dinheiro são acentuadíssimas. Para a nata, tudo; para a mara, nada! Leia em https://diganaoaseita.wordpress.com/2012/10/26/para-a-nata-tudo-para-a-mara-nada/.

A estrutura do MOBRAL era uma árvore de siglas, propiciando o empreguismo característico das repartições públicas. A estrutura administrativa era subdividida em quatro níveis: a secretaria executiva (SEXEC), as coordenações regionais (COREG), as coordenações estaduais (COEST) e as comissões municipais (COMUN). A estrutura organizacional dividia-se em gerências pedagógicas (GEPED), mobilização comunitária (GEMOB), financeira (GERAF), atividades de apoio (GERAP) e em assessoria de organização e métodos (ASSOM) e assessoria de supervisão e planejamento (ASSUP). Essa estrutura foi alterada por três vezes entre os anos de 1970 e 1978, sempre criando mais cargos.

C: A estrutura, no papel, também é subdividida em vários setores, e também se utiliza de inúmeras siglas. A ICM-PES tem o governo administrativo e eclesiástico no PES, que por sua vez tem vários coordenações, por certo com suas siglas, relacionadas às áreas estratégicas da “projeto”. Fora do PES, há as coordenações de polo, coordenações de área, e as unidades locais. O “empreguismo” também é utilizado aqui, pois todos sabemos que só os chegados da obra que são elevados aos cargos dos setores citados.

Para financiar esta superestrutura o MOBRAL contava com recursos da União, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, 2% do Imposto de Renda e ainda um percentual da Loteria Esportiva.

C: O M(OBRA)L também se utiliza de várias fontes de recurso para ser financiado. Primeiramente, da “União” do corpo, que é a sua membresia fiel, que comparece com “dízimos” e ofertas, taxas de seminários (para comida e estada), cotizações para manutenção das unidades do “projeto”. Além disso, precisou buscar recursos, por meio de sua fundação, de verbas parlamentares, conseguidas perante intervenção dos “amigos” do projeto. O M(OBRA)L também se vale de comércios realizados “entre irmãos”, do tipo, marketing de rede, tais como herbalife, noni, produtos de telefonia, e vários outros, utilizando-se da facilidade de “entendimento” entre os pares, além de se aproveitarem, sabiamente, das suas “autoridades’ constituídas e reconhecidas dentro do “projeto”, para empurrar os diversos produtos para a membresia consumir, mesmo a contra gosto. O M(OBRA)L ainda se vale de vendas de material didático, ao invés de ser oferecido, talvez encontrando aí uma outra boa condição de rentabilidade. Podem haver várias outras fontes de receita para o projeto M(OBRA)L, mas as oficiais seriam basicamente estas.

No corpo técnico do MOBRAL constava inclusive cinco técnicos de formação militarpara uma salutar visão multidisciplinar do problema“.

C: Não há expressão melhor que demonstre o melhor objetivo do M(OBRA)L, do tipo “Rolando Lero”, que seria a tergiversação. Os “técnicos” estão sempre atuando. Aqui alegoricamente, cinco como ministério, militar, pela disciplina, embora literalmente sejam encontrados verdadeiros “soldados” dentro do projeto, fiscalizando tudo que distoe do comando central. E por último, nesse quesito,  o vocábulo “visão” teria duplo sentido: primeiro, de caráter empreendedor, e outro, de uma profetada, geralmente inventada pela cúpula do M(OBRA)L.

A técnica de preparação do material pedagógico partia de codificações elaboradas para todo o Brasil, tanto quanto as palavras geradoras. Tratava-se fundamentalmente de ensinar a ler, escrever, contar e não a busca da síntese das visões de realidade elite/povo.

C: As codificações do M(OBRA)L existem aos montes e são elaboradas para todo o Brasil e ainda fora dele, pois ao contrário do MOBRAL, aquele outro é internacional (que chique!). As palavras geradoras e os códigos, por terem sido inventados no grupo central, elitizado, cabe a eles tão somente a decodificação, além de não aceitarem nenhuma geração de palavra oriunda da membresia. (Já percebeu que todas as vezes que você tentou acertar alguma pergunta, feita em palestras, cultos, seminários, chatélites, do M(OBRA)L, você não acertou nada, passando longe do que seria o “gabarito” oferecido pelos gestores do projeto? Olha a codificação aí, minha gente!).

A visão de mundo apresentada era a da equipe central, uniforme para as várias regiões do país.

C: Ué, agora eu me confundi se estamos falando de MOBRAL ou de M(OBRA)L! Ah, lembrei: a sentença não está perfeitamente identificando o M(OBRA)L, porque este é internacional! Ufa, se não fosse por esse detalhe…

A metodologia de alfabetização do MOBRAL não se diferenciava sobremaneira do método proposto por Paulo Freire. Parece mesmo que os planejadores do MOBRAL copiaram uma série de procedimentos do educador nordestino perseguido pelo sistema imposto. A diferença estava, e muito nítida, na visão do homem. Paulo Freire idealizou a palavra geradora como marco inicial de seu processo de alfabetização e oMOBRAL também.

C: Tal qual o MOBRAL, o M(OBRA)L também copiou ideias, ideologias, filosofias anteriores. Veja em https://diganaoaseita.wordpress.com/na-obra-nada-se-cria-nada-se-perde-tudo-se-copia/

Só que existia uma pequena, sutil e marcante diferença: no método de Paulo Freire, a palavra geradora era subtraída do universo vivencial do alfabetizando, enquanto no MOBRAL esta palavra era imposta pelos tecnocratas a partir de “um estudo preliminar das necessidades humanas básicas“.

C: A Palavra de Deus sempre evidencia a reunião da Igreja em assembleia, para que se decidissem juntos o destino dos membros, como um todo. Mas, no M(OBRA)L, a palavra/decisão é imposta pelos “tecnocratas”, supondo que eles fizeram um “estudo preliminar das necessidades básicas da membresia”, ou seja, saberiam mais das necessidades do corpo do que o próprio corpo. 

Em Paulo Freire a educação é conscientização. É reflexão rigorosa e conjunta sobre a realidade em que se vive, de onde surgirá o projeto de ação. A palavra geradora de Paulo Freire era pesquisada com os alunos. Assim, para o camponês, as palavras geradoras poderiam ser enxada, terra, colheita, etc.; para o operário poderia ser tijolo, cimento, obra, etc.; para o mecânico poderia ser outras e assim por diante.

Já no MOBRAL esta palavra era imposta a partir da definição dos tecnocratas de zona sul do Rio de Janeiro. Assim, podemos afirmar que o método de Paulo Freire foi “refuncionalizado como prática, não de liberdade, mas de integração ao ‘Modelo Brasileiro’ ao nível das três instâncias: infra-estrutura, sociedade política e sociedade civil“.

C: Poucos sabem, mas o fundador do projeto M(OBRA)L é natural do Rio de Janeiro, e junto com outros “tecnocratas” impõem o que se aprende no projeto. Não há liberdade de criação no M(OBRA)L, e além disso, o mesmo tenta interferir em todas as instâncias do seu membro fiel: eclesiástica, política (indicando candidatos), e até secular (intrometendo-se em casamentos, negócios, assuntos familiares, aquisição de bens, etc.).

Mas não foi só de Paulo Freire que o MOBRAL tirou inspiração para criar seus programas. Também do extinto programa do MEB, quando conveniou-se com o Projeto Minerva, desenvolvido pelo Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação e Cultura. Conveniou-se inclusive com o próprio MEB, que passou a se servir das cartilhas do MOBRAL, já que as suas (do MEB) eram subversivas, para continuar realizando seu trabalho de alfabetização.

C: Podemos dizer que muita “MEB” influenciou o M(OBRA)L. Muitas coisas extintas ressurgiram no M(OBRA)L com outra roupagem.

O método do MOBRAL não parte do diálogo, pois concebe a educação como investimento, visando a formação de mão-de-obra com uma ação pedagógica pré-determinada. Isso faz impedir a horizontalidade elite e povo, colocando a discussão só nos melhores meios para atingir objetivos previamente estabelecidos pela equipe central. 

C: Aqui está o âmago do M(OBRA)L: a educação no entendimento de obra é como investimento, visando a formação de mão-de-obra com uma ação pedagógica pré-determinada (mistério além da letra). As decisões são aplicadas de forma vertical, emergente do governo central, sem aberturas para discussão, notadamente na busca desenfreada dos objetivos previamente estabelecidos pela equipe central, onde os obstáculos são atropelados. Leia ainda https://diganaoaseita.wordpress.com/2013/02/06/o-vida-de-gado-essa-do-icemita-povo-marcado-mas-povo-feliz/.

O momento pedagógico proposto é autoritário, porque ele (MOBRAL) acredita que sabe o que é melhor para o povo, trazendo com isso a descrença, a falta de fé na historicidade do povo na sua possibilidade de construir um mundo junto com a elite.

C: O povo não vale absolutamente nada na construção da sua história. Aproveitando o ensejo, e diante de diversos comentários que ouço, do tipo “eu ajudei a construir esse projeto”, ou seja, o M(OBRA)L, e por isso não posso abandoná-lo. Mas eu perguntaria: você ajudou a construir o quê especificamente? As doutrinas? A forma de governo? As campanhas fixas de evangelização? O rito do culto? O sectarismo? O organograma da instituição? Você teria participado da escolha das pessoas que te governam? Você teria participado da implementação do chatélite? Você escolheu algum pastor da tua unidade local? Ah, faça me um favor! Acorda! Parece que você precisa mesmo dos ensinos desse M(OBRA)L!

Tendo em vista seu alto custo, o MOBRAL foi se modificando sempre na tentativa de encontrar alternativas para garantir sua continuidade. Dentre estas alternativas foram criados novos programas, citamos alguns:

C: O M(OBRA)L é dinâmico, e no afã de se manter funcionando, inventa chatélite, mega evangelizações, PP, e agora mais recentemente, salários para trabalhadores, cria rádio na web, mas também entra na justiça para tudo e qualquer coisa, inclusive promovendo demandas contra irmãos, o que é atitude extrema, conforme a Palavra de Deus. Enfim, os “novos programas”, inventados pelo M(OBRA)L soma um conjunto vasto e extremamente cansativo, mesmo porque não visa o “bem-estar” da membresia. 

Programa de Educação Integrada

A metodologia empregada neste programa era a mesma empregada no Programa de Alfabetização Funcional, com o acréscimo de atividades relacionadas as quatro primeiras séries do primeiro grau. Visando atingir os objetivos propostos, foram desenvolvidos materiais didáticos, tais como:

  • livro texto,
  • livro glossário,
  • livros de exercícios de matemática,
  • livro do professor e
  • conjunto de cartazes.

Em 1977, estes materiais sofreram reformulação e passaram a ser chamados de Conjunto Didático Básico.

C: Eu entendo que a Bíblia seria manual de conduto suficiente para conduzir a membresia, contudo o M(OBRA)L se utiliza de circulares (parece uma repartição pública), apostilas, comunicados, convocações, e-mails, cartilhas, e muito desse material simplesmente arrepia a Palavra de Deus, ignorando-a e pregando o sentido oposto às Escrituras. Se ao menos usasse, como os outros irmãos evangélicos, estudos com base na Palavra, mas não…

Programa MOBRAL Cultural

Programa lançado em 1973 para complementação da ação pedagógica. Seu objetivo era o de: “concorrer de maneira informal e dinâmica para difundir a cultura do povo brasileiro e para a ampliação do universo cultural do mobralense e da comunidade a que ele pertence”. Seus objetivos gerais eram:

a. contribuir para atenuar ou impedir a regressão do analfabetismo; b. reduzir a deserção dos alunos de Alfabetização funcional; c. diminuir o número de reprovações; d. agir como fator de mobilização; e. incentivar o espírito associativo e comunitário e, f. divulgar a filosofia do MOBRAL em atividades dirigidas ao lazer e das quais participaria o mobralense, em especial, e a comunidade em geral.

C: O Programa M(OBRA)L Cultural tem como objetivo difundir o entendimento de obra ao povo brasileiro e ao estrangeiro, e para ampliar o universo cultural do m(obral)ense onde quer que ele esteja. Por isso, é comum ouvir, de algum viajante: “lá tem unidade da obra”? O propósito disseminado é o de exclusividade, quase que impregnado na mente do m(obra)lense, para que ele não fique analfabeto com relação ao famigerado entendimento citado; não deserte ou se retire (assim como nós); seja aprovado pelos gestores do sistema como um membro fiel da obra; aja mobilizando os outros para irem para o projeto M(OBRA)L; incentive o espírito associativo e comunitário apenas para aquele grupo seleto, guiado pela máxima do chefe: “quem é da obra tem que vir para a obra”, e divulgue a filosofia do M(OBRA)L em todas as suas atividades junto à comunidade em geral, nunca se misturando, e sempre demonstrando fazer parte de uma elite dentre os grupos congêneres e ainda da sociedade como um todo.

Programa de Profissionalização

Criado em 1973, realizou convênios com diversas entidades, inclusive do setor privado. Em 1976 um acordo com a Massey-Ferguson, fabricante de tratores, permitiu o treinamento de 40.000 tratoristas em um ano. Neste período do governo militar a palavra de ordem era “plante que o João garante” – referindo-se a João Batista Figueiredo, o último militar no poder.

C: O M(OBRA)L também realizou diversos convênios com entidades, do setor público, onde possui representantes seguidores do projeto, e ainda no setor privado, com empresas muitas vezes instituídas por próprios participantes do projeto.

MOBRAL pode ser considerado como uma instituição criada para dar suporte ao sistema de governo vigente. Como Aparelho Ideológico de Estado, como nos ensina Althusser, o MOBRAL teve uma atuação perfeita. Esteve onde deveria estar para conter qualquer ato de rebeldia de uma população que, mesmo no tempo do milagre econômico, vivia na mais absoluta miséria.

C: Podemos então adaptar a frase agora, declarando, também para o M(OBRA)L: “a instituição foi criada para dar suporte ao sistema de governo vigente”, e para esse fim, durante os quarenta e cinco anos de existência, teve uma “atuação perfeita”, estando “onde deveria estar para conter qualquer ato de rebeldia de um povo” submisso e subjugado que, no mesmo tempo do “milagre econômico”, promovido para a elite (A NATA), enquanto o restante (A MARA) vive na mais absoluta miséria, a despeito de muitos da membresia passarem necessidades de sustento material, mas a miséria a que nos referimos está relacionada ao sectarismo, às práticas inconscientes de heresias, apostasias, mobilizações na base do sinhôrrevelô, escalas sufocantes de eventos, injustiça, discriminações, preconceitos, facciosismos, mentiras, falsidades, perseguições, etc. O pior é que a questão é tão cruel, que o participante do projeto M(OBRA)L não percebe, na maioria das vezes, essa escassez de práticas das verdades descritas na Palavra, configurando-se uma miséria de autonomia eclesiástica, mantida intencionalmente por um cabresto de dependência dos gestores do “projeto”. 

Mas a recessão econômica a partir dos anos 80 veio inviabilizar o MOBRAL que sugava da nação altos recursos para se manter ativa.

C: O M(OBRA)L sugava e suga da nação m(obra)lense altos recursos para se manter ativa. Ainda, fora a nação que participa do projeto, como usa verbas parlamentares, que são públicas, também suga, de certa forma, recursos da nação brasileira.

O projeto MOBRAL permite compreender bem esta fase ditatorial por que passou o país. A proposta de educação era toda baseada aos interesses políticos vigentes na época. Por ter de repassar o sentimento de bom comportamento para o povo e justificar os atos da ditadura, esta instituição estendeu seus braços a uma boa parte das populações carentes, através de seus diversos Programas.

C: Além da compreensão que o M(OBRA)L evidencia a fase ditatorial vivida pela nação m(obra)lense, que é governada na base de interesses “políticos” (na essência da palavra: favorecimentos e trocas) vigentes, também é claro o propósito de tentar transmitir aos outros, fora do M(OBRA)L, o sentimento de bom comportamento para o povo e justificar os atos da ditadura, “estendendo o braço”, ou melhor, a isca, para muitas pessoas de bem, inclusive carentes, através dos seus inúmeros programas de marketing.

O corpo técnico do MOBRAL fez de tudo para que a instituição permanecesse na sua dinâmica da coisa nenhuma. E fez tanto, que em 1975, teve que enfrentar uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, instaurada pelo Senado Federal, após discursos dos Senadores João Calmon, Luiz Viana, Jarbas Passarinho e Eurico Rezende, em função da denúncia de atendimento a crianças de nove a quatorze anos. Na época dizíamos que era o “MOBRALZINHO“.

C: A dinâmica do M(OBRA)L, já abordada por nós em https://diganaoaseita.wordpress.com/2012/08/13/a-dinamica-da-obra/, é de “coisa nenhuma”! Essa é a mais pura verdade, pois nada mudou nesses quarenta e cinco anos de funcionamento do projeto, por quê? Simples, porque os gestores do M(OBRA)L são os mesmos, e os interesses dos que administram os recursos para manutenção do projeto são exatamente os mesmos! Como o projeto da ditadura militar, o M(OBRA)L, da ditadura maranática, também está tendo que enfrentar investigação de órgãos oficiais. Afinal de contas, um dia foi M(OBRA)LZINHO, mas cresceu bastante e prosperou, quando pode administrar grandes quantias de recursos!

É, que projeto maravilhoso, hein m(obra)lenses?

Bem, dois pontos ainda gostaria de abordar:

I) O nome do projeto tornou-se uma referência pejorativa a pessoas com pouca instrução formal, também denominados “semi-analfabetos” e, mais modernamente, “analfabetos funcionais”. Foi essa a intenção do monarca octogenário do M(OBRA)L quadragenário, mas pelas similaridades com o projeto original (MOBRAL), podemos chegar à conclusão que as outras denominações são as que estão no curso superior, até literalmente, pois os irmãos se formam em teologia, enquanto a obra que é o verdadeiro engano, formadora de “semi-analfabetos” e “analfabetos funcionais” eclesiásticos, que se submetem a fomentar uma instituição cujo custo de manutenção é extremamente elevado, e serve exclusivamente para manter o regime que se encontra em vigor, a ditadura maranática.

II) Segundo informações dos mais experientes, contemporâneos ao projeto MOBRAL, em alguns lugares de difícil acesso, nos rincões desse país continental, o povo local era contemplado com transmissão do conteúdo do MOBRAL por meio de alguma espécie de satélite. Ora, aí vemos outra curiosa semelhança, pois o M(OBRA)L também se utiliza do famigerado chatélilte, cuja sistemática é a mais pura ilustração do jeito mobral de ser, no sentido pejorativo mesmo!

Sai dela, povo meu!

Faça a sua “inscrição” no curso superior, e saia do M(OBRA)L!

A trilha sonora do artigo vai ser a música MOBRAL, de Herbert Viana, com alguns comentários nossos entre parêntesis. Prestem atenção no final da música, que confesso que não conhecia:

Do que adiantam?

Placas. Bulas, instruções…………….(apostilas, circulares, sugestões, convocações)
Do que adiantam?
Letras impressas das canções…….. (coletâneas)
Do que adiantam?
Gestos educados, convenções…….. (supostamente perfeitos)
Do que adiantam?
Emendas , constituições
Se o teto da escola caiu…………….(perda da comunhão com o altíssimo)
Se a parede da escola sumiu
Sem dente o professor sorriu…………. (falta de testemunho)
Calado recebeu dez mil ……………….(olha os e$quema$ e acerto$, aí gente)
E depois assistiu na Tevê………………………(desde fevereiro de 2012)
Em cadeia para todo Brasil……………………(infelizmente só na mídia capixaba)
O projeto, a tal salvação………………………(
salvação!?!?)
Prestou atenção e no entanto não viu…………..(como bom formatado)
A merenda, que é só o que atrai………………(muitas “merendas” no m(obra)l foram desviadas)
A cadeia para qual o rico vai……………………(taí uma profecia verdadeira)
Despachantes, guichês, hospitais
E os letreiros de frente pra trás………………….(sem pes nem cabeças, como tudo no m(obra)l)
Aos olhos de quem
Só aprendeu o bê-á-bá……………………………..(ou o O-B-D-C-dário)
Pra tirar carteira de trabalho
E não entendeu Zé Ramalho cantar
Vida de gado
Povo marcado
Povo feliz”………………………………….(veja em https://diganaoaseita.wordpress.com/2013/02/06/o-vida-de-gado-essa-do-icemita-povo-marcado-mas-povo-feliz/)

A Paz do Senhor Jesus a todos!

Alandati.

Segue o link com o áudio da música em http://www.vagalume.com.br/herbert-vianna/mobral.html

2 Respostas para “NA VERDADE, A OBRA NÃO É CURSO SUPERIOR, E SIM M(OBRA)L!

  1. Olá meus irmãos, graça e paz.
    Bem que o sr Gedeuspapa podia seguir o exemplo de seu inspirador Bento VI que nesta manhã renunciou seu cargo no vaticano, será que isso não passou pela cabecinha do chefe-mor icemita? Que belo exemplo Gedelti, vai lá tome coragem…
    Irmão dos Pampas

  2. Pingback: igreja maraanta – NA VERDADE, A OBRA NÃO É CURSO SUPERIOR, E SIM M(OBRA)L! « a obra revelada da icm maranata·

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