O CHAUVINISMO E A OBRA

Foto de Felipe Luiz

O Chauvinismo ou Propaganda totalitária é o termo dado à técnica de recorrer à propaganda de opinião exacerbada, tendenciosa, ou agressiva em favor de um país, grupo ou ideia, com fins de persuasão e doutrinamento. Associados ao chauvinismo, frequentemente identificam-se com expressões de rejeição radical a seus contrários, desprezo às minorias, narcisismo, mitomania. É praticado pela Maranata a uma intensidade descomunal, em cultos, escolas dominicais ou mesmo, na atuação individual dos membros, em conversas despretensiosas e no evangelismo da Instituição. Entretanto, é, sobretudo, quando os adeptos são arregimentados pela liderança a se fazerem presentes em congressos de massa (que se chamam de “Seminários da Obra”) que os doutrinadores, em especial o Primaz, propagandeiam emotiva e agressivamente a favor do sistema religioso da Instituição e denigrem a esmo as demais denominações, na tentativa de introjetar na mente dos ouvintes a imaginação de que a Maranata se encontra numa posição melhor do que as demais Igrejas.

A liderança da Maranata, exaustivamente, apela para discursos triunfalistas que provocam a euforia coletiva, invariavelmente, nascendo e moldando a personalidade dos membros à xenofobia e narcisismo religiosos, assim como, o sentimento eugênico e “ultranacionalista” em seu caráter. Experiências e testemunhos apoteóticos de pessoas proeminentes do sistema, necessariamente engendrados com factoides sobrenaturais, são usados em demasia como eficazes instrumentos de persuasão e recrutamento, a fim de cultivar, no imaginário dos membros, a aura de mito sobre liderança e sobre própria origem da Instituição e suas doutrinas – ou seja, revestindo de uma reverência sacra e intocável os pastores e o sistema, no psicológico da congregação, no reforço à adesão e conformação com o autoritarismo e submissão absoluta aos líderes.

O Ufanismo é demasiadamente impressionante, sempre à base de sensacionalismos, em vangloria de supostos méritos extraordinários, com o qual se enaltecem as “riquezas” e “potências” da Maranata: seus atributos, suas vantagens, suas doutrinas, seus louvores, seus pastores, seus patrimônios, seu satélite, seus membros, seu evangelismo no exterior, sua organização, enfim, absolutamente tudo que é vinculado e que provém da Maranata é enaltecido com o adjetivo de “revelado”, na pretensão de assegurar e confortar os membros de que a Maranata é a mais evoluída espiritualmente e perfeita em organização de todas as opções de igrejas do mercado. A liderança aproveita, de forma oportunista, dos fatos positivos que ocorrem no meio da Maranata para glorificarem o seu sistema religioso, assim como, fatos negativos ocorridos nas demais igrejas, noticiados na mídia, são convenientemente aproveitados para desfazer e menosprezar a espiritualidade alheia; ao passo que a liderança se esforça desmedidamente em acobertar os episódios e escândalos próprios, preservando a realidade fictícia e idealizada construída meticulosamente no imaginário dos membros.

As pregações e aulas da Maranata, em sua maioria, resumem-se em apenas vangloriar a “placa” e o sistema religioso próprio, de modo que, é uma agressão à mente dos adeptos tão avassaladora, que, dada a repetição saturada das propagandas chauvinistas, eles, à medida do tempo, perdem a lógica da realidade, de sorte a dificilmente conseguirem perceber o mundo idealizado e romântico criado, em suas mentes, pela liderança. “Lobotomizados” nesse mundo poético, perdem a capacidade de enxergar as notórias incoerências dos atos de seus líderes e da doutrina da Maranata, aprovando ou desaprovando atitudes que seriam tanto para as Escrituras quanto para a lógica humana, no mínimo, terminantemente contrárias. A liderança extrapola na mitomania e na vanglória das “riquezas” da Maranata, a ponto dos adeptos, já totalmente inebriados, tornarem-se pessoas crédulas e infantilizadas, acreditando em justificativas simplistas, espiritualizadas, míticas; muitas vezes expondo a si mesmos a uma situação que é interpretada por terceiros como infantilismo, embotamento e fanatismo, como também, pedantismo, empáfia e soberba religiosa.

Por Stanislaw Ponte Preta.

COMENTÁRIO DIGA NÃO ÀSEITA:

O irmão Stanislaw traz algo profundo a respeito do gedeltismo, o chauvinismo. Em toda a história da humanidade, quando um regime autoritário quer se perpetuar no poder, invariavelmente, lança-se mão da propaganda tendenciosa.

Já repararam que esse tipo de governo, sem exceções, tem o comando da rede de comunicações, tv, rádio, internet, etc? Denomina tudo que é “oficial” aquilo que é por eles veiculados, relegando a escória tudo que é produção fora do seu domínio?

Bem, parece que, com o passar do tempo, estudando, estamos descobrindo por que caímos nessa esparrela, chamada gedeltismo. O chauvinismo, ou seja, a propaganda “estatal”, promovido pela nação “obra”, sem dúvidas, contribuiu para muitos serem despertados pelo interesse de pertencimento a algo supostamente vitorioso, diferente, destacável, eminente, inerrante, imbatível, santo, único, perfeito, conforme fizeram acreditar com as suas propagandas em massa.

O grande problema disso tudo foi que, depois dessa propaganda enganosa inicial, autoritária e tendenciosa, que fisgou a muitos, foi introjetada, nas mentes dos “esbabacados”, toda sorte de heresias que se possa imaginar, sendo que, mesmo antes de alguém se dar conta do que estaria fazendo, outro “causo” ou estatística, como ferramenta do chauvinismo da obra era usado. Restaria então pensar: achei meio estranho isso, mas tem dado certo; “deus” tem abençoado; “a obra” está prosperando assim, e  não sou eu que vou mudar…

Destaco ainda, do dicionarista (http://www.dicio.com.br/chauvinista/), uma definição interessante sobre o que é um chauvinista:

“Indivíduo que revela concepções extremistas, irredutíveis ou, geralmente, tendenciosas que demonstram certa veneração a um comportamento, um objetivo, uma causa etc. “

Vê se não parece que estamos descrevendo alguém da obra? Vou fazer até um exercício legal, substituindo a palavra causa, no final, por obra. Vejamos como ficou:

“Indivíduo que revela concepções extremistas, irredutíveis ou, geralmente, tendenciosas que demonstram certa veneração a um comportamento, um objetivo, uma OBRA etc.”

Pesquisando mais um pouquinho sobre o assunto, encontramos em (http://vbaumhardt.wordpress.com/2012/08/10/chauvinist/), que a expressão chauvinista “foi pela primeira vez registrada no Dictionnaire de la Conversation, em 1834. A origem vem do nome de Nicolas Chauvin, um soldado que se tornou folclórico pelo obsessivo fanatismo que devotava a Napoleão Bonaparte.”

Além disso, há o uso de uma expressão popularizada pelas feministas, que é “porco chauvinista”, referindo-se ao homem extremamente machista. Ora, até aí estamos falando também de obra, por dois motivos: 1) porque o machismo é o que mais impera na nação chauvinista da obra; 2) porque “porco” é tipo do “adversário”, no dicionário maranatês, indicando que quem age com tamanho fanatismo em prol de algum tema, seja político ou religioso, não pode estar sendo guiado por outro, senão o diabo mesmo.

Biblicamente, há um outro termo que define bem chauvinismo, que é proselitismo. Já abordamos isso por aqui em https://diganaoaseita.wordpress.com/2013/08/03/a-bem-da-verdade-jesus-jamais-seria-maranata/, mas oportunamente repetimos, endossando que essa conduta leva ao inferno:

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.”

Mateus 23:15

E você, quer correr o risco de ser chamado de “porco chauvinista da obra”, ou ainda “porco proselitista da obra”?

Foge dela, povo meu!

Alandati.

Uma resposta para “O CHAUVINISMO E A OBRA

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