TV RETIRANTES – DOCUMENTÁRIO FUNÇÕES DA OBRA – OS INSTRUMENTISTAS

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Meus queridos telespectadores assíduos da TV Retirantes, é um prazer em estar novamente com vocês.

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Estamos em um feriadão prolongado em comemoração a nossa Proclamação da República, que nos afastou há mais um século da monarquia, regime autoritário que, em considerando a cultura do nosso povo, brasileiro, não seria a mais apropriada, visto que naturalmente o monarca se apossaria dos recursos da nação em proveito próprio da família real.

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Podemos dizer que o mesmo aconteceu com a monarquia quadragenária de uma só família da obra, sendo portanto interessante que se proclame a república, no sentido de democratização da vida cristã, inclusive tendo sido objeto de um outro artigo nosso.

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Mas, continuamos com o nosso propósito de expressar os bastidores das funções exercidas na obra, mesmo porque há alguns desavisados que podem ser convidados para algumas delas, até ansiando tal momento, o que não há problema algum, em almejar isso, mas necessário se faz conhecer aquilo que o espera, para que as decepções não o surpreendam, não é mesmo?

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O nosso objetivo agora, conforme prometido é tratar dos instrumentistas da obra, e para esta função, vamos fazer a exposição de uma forma um pouco distinta das outras, pois há uma participação especial, de uma jornalista “freelancer”, a “Dany-se”, cujo nome artístico pode parecer ofensivo, mas como utiliza o seu nome, não quer significar para ela senão o revestimento de si mesma, no sentido de aumentar a auto-estima, exatamente contrário a tudo que viveu na obra, como instrumentista, desde a mais tenra idade.

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Ela ficou como responsável em relatar a saga dos instrumentistas, quando a nossa jornalista desvenda os meandros vivenciados por este grupo dentro da obra, que não é tão seleto assim, visto que, como falamos no episódio do grupo de louvor, não se pode praticar o “louvor revelado” na obra sem que haja um instrumento no mínimo acompanhando.

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A premissa é formar instrumentistas em série, não importando a idade, para que assim seja garantida a perpetuação do “louvor revelado”, e ainda prender os mais novos na obra, com um atrativo a mais, que é tocar para o “sinhô”!

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As palavras são fortes! O testemunho é estarrecedor! Mas como o nosso objetivo é expressar a verdade da obra, não nos privaremos de publicar tais informações aos nossos telespectadores.

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Começa então a saga:

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C  O  N  T  O  S    D  E    U  M  A    I  N  S  T  R  U  M  E  N  T  I  S  T  A

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“COMO ENTOAREI AO SENHOR UM HINO EM TERRA ESTRANHA?

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Ao receber o convite para escrever sobre essa função tão importante para nave-mãe da oubra, foi como se voltasse a ter 9 anos de idade, um misto de nostalgia e liberdade invadiram minha alma…

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Com 9 anos de idade, comecei aprender a tocar violão,  e na primeira aula, antes mesmo de passar qualquer posição ou teoria à irmã –a quem sou muito agradecida, pois ensinou de graça esperando as recompensas da oubra- chegou até nós com aquele discurso bem Maranótico, dizendo que havia consultado a bibliomania, vulgo “consulta bíblica” e que ela, com respaldo do sinhô, estava trazendo uma palavra para nós.

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Pois bem, anos se passaram, e com certeza, não vou lembrar de tudo que ela disse, visto que muita coisa já foi exorcizada da minha mente, mas esse versículo  “COMO CANTAR HINOS AO SENHOR EM TERRA ESTRANHA”  Salmos 137:4  veio como Flashback na minha mente. Ela disse que nós éramos um grupo separado pelo sinhô para louvar aqui na terra (estranha) e que esse talento não era nosso, era emprestado por Deus e que deveríamos fazer uso dele somente para a oubra, ou seja, nada de músicas seculares nem “cóspeis” (como eles costumam dizer).

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Que coisa linda! Maravilhosa! Música para os ouvidos! Lembram do flautista mágico? Os ratinhos saem hipnotizados pelo som dele!

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Quer tocar? Toque os plágios revelados, você tem uma coletânea enorme de mantras, e portanto não precisa de mais nada, a ração e a água estão ali, e se não quiser, morra de fome!!

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Como boa formatada, a irmã passou o recado, fora de contexto, mas passou- a distorção bíblica é marca deles, logo nem precisamos falar-  e aqui começava o que me manteve presa na oubra durante anos: o amor pela música!

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E por esse amor, a oubra ou melhor a música, entoei hinos durante anos em uma terra não somente estranha, mas em uma terra extremamente herética, com suas leis próprias,  com juiz corrupto, que pendia para as relações de trocas, onde “manda quem pode e obedece quem quer continuar no seleto grupo dos “pes”, da mesa torta que sustenta o necrotério espiritual!

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Nunca poderíamos dizer  “eu sou”, mas sim “estou” instrumentista. Como qualquer “cargo” escravo na obra, você só estaria ocupando o mesmo se estivesse na “posição” -leia-se :pronto para levar um pé no traseiro! – porque ninguém é insubstituível e é claro, muitos almejariam estar em seu lugar!!

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PARA TUDO!!!

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Muitos almejariam estar em seu lugar?? Acende-se ai a fogueira das vaidades,  onde quem estiver mais disponível terá mais crédito com o Trator (pastor), o Mugido (fingido, ops, eu sempre esqueço, “ungido”),  ou seja com o necrotério todo, era a corrida maluca para estar em tudo e ser o “bom exemplo a ser seguido” e com isso a vida ia passando, passando… até o momento que você esteja viciado “no  corpo” da igreja e não consiga nem ir ao banheiro sem ele, porque nessa etapa, você nem lembra como faz isso!”.

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Lembro-me como se fosse hoje o dia que ganhei meu primeiro violão. Meu pai, ímpio (como gostam de rótulos!!) pegou seu suado dinheiro e me deu de presente. Claro que quem foi até a loja foi o “ermão” sabichão. Nossa, quanta alegria, fiquei tão eufórica que bati ele na escada, arrancando dois pedacinhos de trás, hoje digo que ele foi consagrado pela escada, e não pelo Trator! Dizem que as coisas se parecem com seus donos, pois bem eu era chamada cariosamente de “a rebelde sem causa” acho que meu violão também era, no dia de ser consagrado ele me aprontou essa…Outra analogia que pode ser feita a respeito é que, se o meu violãozinho perdeu duas lasquinhas, e dois é comunhão, como bom maranatês, chega-se à conclusão que euzinha não estava muito em comunhão com o sistema herético da oubra, mas o amor à música me fez continuar e vencer os percalços.

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Para quem não sabe, a consagração é mais ou menos assim, o Trator, pega o instrumento nos braços e ora a Deus santificando, a partir desse momento, você só pode usar ele pra cantar hinos, se possível revelados, a cena é mais ou menos parecida com a do Rei Leão, aquela que o macaco oferece o leãozinho em cima de um penhasco, para ficar idêntica, só nos falta o penhasco, (BOM DIGAMOS QUE ELE EXISTE, MAS SÓ OS INTELIGENTES PODEM PERCEBER QUE ELE ESTÁ MUITO, MAS MUITO PERTO)!!

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Pois bem , tempo passou e a oubra se modernizou- claro, evidente, nunca ficaríamos atrás dos nossos “primos” (as outras religiões – mais um rótulo)-  sou do tempo em que ninguém sabia partitura, não existia coletânea cifrada, podia tocar de palheta, não existiam ritmos próprios(…)- cada um tocava uma coisa, igual ao episódio do Chaves, que o Kiko, a Chiquinha e o Chaves montam uma banda, e quando perguntam o que estão tocando, cada um fala uma coisa! – era mais ou menos assim… e eu não sou velha, a oubra que é dinâmica reveladora, mentirosa enganadora! Gepeto ficaria com inveja de só ter o Pinóquio, enquanto o Jabuti tem uma gentalha de bonecos!!

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Como foi abordado na reportagem sobre o GL, por meus colegas jornalistas, hoje em dia o louvor revelado tem regulamento, estuda-se partitura, a coletânea é cifrada, parecendo dar um ar de organização, mas a verdade é que ninguém mais toca com a alma, e sim, como tudo é na obra, o que tange instrumento é mero papagaio repetidor daquilo que tem aprendido, por isso não se tem mais improvisos, nem a sensibilidade que deve nortear a vida de um instrumentista, quanto mais o que pretende tocar para Deus! Lastimável! Se unissem a teoria com esse feeling seria ótimo, mas não é isso que acontece naquela “obra revelada”!

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Então vamos por partes, para “deszumbizar” e não apenas acusar vírus no sistema!!

Pois bem como todo cargo na oubra, não temos remuneração, logo cada um cuida do seu instrumento. Se estourou a corda…”se vira”, compra outra, espera sobrar violão ou fica sem tocar! Simples não??!!! Nisso eu tenho pena do meu pai, pois eu sou daquelas que tem a mão “levinha”, faz som por vinte violões e era no mínimo uma corda por semana, e como não se vende cordas separadas, tinha que adquirir um jogo novo por semana!!!!…”money que é good nos num have”, mas o dízimo da minha mãe sempre ia naquele envelope sujinho e desbotado, geralmente na cor amarilla!!!!

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Palhetas…podiam usar até acontecer uma reunião, no Maanaim (lugar santo onde se pode comer, orar e nunca “amar”), reformulando todos os ritmos, reformulando não, renomeando para ficar num formato exclusivo! (Ritmo básico I ??? básico II??). Adeus unhas bonitas, o que pra mim não seria problemas, porque comia unhas!! Então a nova lei era essa: sem palhetas, som suave, e tome ritmo!!!  Nem todos obedeciam mas como na oubra tudo vem do mais mandão para o mais mandado, fui proibida!

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Com o tempo, vi que ninguém obedecia então entrei na onda, foi quando uma filha de diácono tomou minha palheta no meio do culto – vou te contar essa era um granito no meu sapato- eu simplesmente abri a bíblia e peguei outra …isso deu uma confusão!!! Você nem imaginam!

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Madrugada, hinos dedilhados, solenes, para que ” o anjo do sinhô fique passeando…SÓ PASSEANDO TÁ!”, porque até fazer alguma coisa nessa obra, o anjo não tem espaço! Eu gostava tanto desse hino, que numa madrugada, tirei ele duas vezes…QUE INSTRUMENTISTA SEM COMUNHÃO!!! Talvez tenha sido por causa das duas lasquinhas do violão que eu perdi, lembra?

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Essa ordem de solenidade vale também para os hinos de clamor – Acho que é porque o clamor foi fraco, por isso o louvor precisa ser assim- bateria não participa desse hino!!

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Ah, se começar a bateção de línguas, ou seja começar um enrolado e o outro em português, não toque nada, pode-se afastar o Espírito!! Curioso isso, visto que o louvor não é revelado pelo próprio Espírito? Vai entender isso!

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Esse é o grupo, a meu ver, que é  mais escravizado, tem que participar de tudo, até mesmo das reuniões do grupo de “fofocação”,  claro que se você não souber guardar segredo e passar informações, nunca será desse grupo, ai eles te dispensam, depois de você tocar! Mas deixa isso para os meus colegas, que, segundo informações, abordarão o tal grupo de intercessão em um outro episódio.

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É reunião de crianças, adolescente, grupo de louvor, serenatas – violão pendurado no corpo, ou segurado por alguém-, visitas, reunião das corocas, jovens, fora cultos, batismos, ceias, convocações (disso eles entendem vivem enchendo a paciência da justiça), lá está o instrumentista presente.

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Tocar pras corocas, não é tão ruim assim…. reza a lenda que quem toca pras corocas, casa cedo, eu caí nesse conto do vigário, mas sabe como é: ou casa cedo ou viverá encalhada e infeliz para sempre, orando para que seu Isaque resolva aparecer!!

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Se me permitem, terminarei o capítulo de hoje, contando um tristemunho próprio: Fui chamada para fazer uma visita para uma pessoa doente,  então vamos né, como dizer não??? Só com atestado de óbito!!!

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Chegamos lá, fizeram o “cramô” e pediram um hino, e lá fui eu: ” Uma voz me disse lá do céu, cante,cante,cante para mim, ore,ore,ore uma vez mais, segue,segue,segue após mim;venha ser fiel até a morte que estarei contigo até o fim; logo estarás ali no céu onde tem uma coroa preparada para ti.”. Pois bem, não sei por que, mas acho que matei o cara naquela noite! AVISO: Esse hino não é da igreja em questão! Se acreditou nisso até hoje, sinto muito em te desiludir, como diria o Chaves: “MILHÕES DE PESSOAS ENGANADAS!!!”

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Teve um tempo que instrumentista (como o de outras funções) não podia usar decote, tomara que caia, blusa de alcinha, saia curta, esmalte preto, vermelho (NÃO PREGAMOS USOS E COSTUMES, SÓ AVISAMOS O QUE VOCÊ NÃO DEVE USAR), mas é aquela coisa, se não tiver outro, você toca “como tú estás”.

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Já aconteceu isso comigo, eu sempre adorei esmaltes escuros e ficava sem tocar por conta disso, até que um dia, me convenceram a ir em casa tirar o “betume” e voltar para tocar, a besta foi!!! Mas como a oubra é globalizada, moderna, redentora, em breve, se é que não já aconteceu, um anjo trará todas essas peças “santas” numa bandeja de ouro e deixará em cima do altar para que as irmãs usem – para a alegria dos irmãos que adoram desfile de moda!-

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Já ia me esquecendo, ir de sandálias de dedo também não pode, sabe como é: hoje é festa no “Apê do rei” e temos que vestir “a melhor fantasia”, ou melhor, roupa, porque sabe como é né, o deus deles só se preocupa com a marca da sua roupa!!

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Tem que chegar cedo heim! Até nisso ele são carrascos…

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Quer tocar? Chegue 19 e pegue sua unção… até 19:20 você até consegue.

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Sem oração não toca, porque pode acontecer uma tragédia!! Quanta loucura!

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Domingo pela manhã, trate de acordar cedo, xiii, esqueci que agora Deus revelô que pode dormir até as 9, entregar o jejum, encher a pança e…aulinhas no chátelite! Porque aluno de barriguinha cheia, aprende melhor!!

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Piada mesmo é quando eles colocam um leigo em música para ser o responsável pelos instrumentistas…só desastre!! Parece que conversamos com a velha da Praça é nossa …a gente fala uma coisa, e ele entende outra e fala outra totalmente diferente!!

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Melhor que isso são os dons, que quando inventam de passar os instrumentistas no grupo de fofocação, é violão de ouro -quem em sã consciência tem um desses no Brasil?? Cordas de prata…se as minhas fossem de adamantium acho que seriam mais interessantes! Mas só Seu Creyssom para garantir: “Eu agarantium!”.

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Que povinho sofrido hem!!!! E pior que nem tem sindicato para defender os direitos dessa classe!!

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Se a igreja erra o louvor….culpa do tocador!

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Se o grupo de louvor erra a entrada do louvor…culpa do tocador!

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Se o pastor distorceu a Bíblia, sendo invencionista…é culpa do instrumentista… ESPERA AÍ…Essa não: É CULPA DELE QUE ACREDITA EM TUDO E NÃO CONHECE A BÍBLIA!!!!!

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Só digo uma coisa, não fui uma boa instrumentista, não servia para o padrão, nunca receberia o selo “Aprovado pelo Jabuti”, mas era fiel na madrugada…e sempre que iam me “colocar de orientação”, ” colocar no banco” (acho que hoje entendo essa expressão “dinheiro, dizimo” deve ser um tipo de senha!) eles lembravam …é fiel à madrugada e foram deixando….PAI, TE AGRADEÇO (OU NÃO) PELAS HORAS DE SONO PERDIDAS, E ATÉ HOJE NÃO RECUPERADAS EM NOME DE MENTIRAS, (e depois ainda dizem que mentir é feio…é coisa do inimigo, porque falar diabo não é certo porque se ele aparecer …não sabemos o que fazer!)

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Ser instrumentista da oubra não é trabalhar nas Casa Bahia, mas tem que ter dedicação total daquele que é levantado, ou melhor, derrubado para esta função!! Porque o efeito é derrubar mesmo tanto o exímio tocador quanto o de menor técnica.

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Se você quiser dividir o peso da carga de ser o toca-tudo da igreja, favor criar aulinhas “digrátis” para os ermãos e torcer para que alguém aprenda, senão pega sua cruz, e fale como o Chapolin: “Sigam-me os bons”!!

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Porque Deus não precisa de você nessa oubra, e por sinal está limpando a mesma…se você saiu é porque …E PASSOU A USAR AQUILO QUE NOS DIFERE DOS ANIMAIS: A SUA CAPACIDADE DE PENSAR!

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Terminando, para descontrair: PORQUE O QUE FALAMOS COM OS FORMATADOS ENTRA NUM OUVIDO E NÃO SAI NO OUTRO????

PORQUE O SOM NÃO SE PROPAGA NO VÁCUO!!!!!”.

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Peço licença a nossa colega jornalista, “Dany-se”, que retratou com maestria da função de instrumentista da oubra, para lembrar de uma fala do líder da seita, e fazer um contraponto com tudo que foi afirmado nesse documentário.

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Ele sempre chamou os instrumentistas de “jumentistas”, em forma de chacota, e por que não dizer humilhante e preconceituosa!

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A jornalista instrumentista provou que essa é a função mais escravizada na obra, visto que todas as reuniões apresentam algum dessa “espécie”, e lembramos então do termo utilizado, do jumentinho, que é um animal ligado ao trabalho.

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Para não usarmos a mesma imagem que o gedelspapa usa a respeito dos instrumentistas, por não concordarmos com ela, escolhemos um animalzinho mais forte, que também estaria ligado ao trabalho, também equino, que é o cavalinho, e elegemos o Pepe Legal, uma personagem xerife-cavalo do velho oeste, criado por Hanna-Barbera, que por sinal parece ter familiaridade como instrumentista, pois porta um violão, e ainda coloca uma fantasia, de zorro, para ilustrarmos o tema. Como ele faz para produzir som, além de tocar na cabeça dos outros, com o conhecido “Kabong”, ninguém sabe…

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A TV Retirantes se despede dos seus telespectadores com um grande abraço!

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A todos um ótimo sábado, e boa continuidade do feriado prolongado!

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Até o próximo episódio.

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Dos jornalistas: freelancer Dany-se e Alandati.

9 Respostas para “TV RETIRANTES – DOCUMENTÁRIO FUNÇÕES DA OBRA – OS INSTRUMENTISTAS

  1. Deus abençõe a todos.

    Tô me acabando de rir e me lembrando do tempo em q fui aprendiz. Precisei de uma revelação pra me deixarem tocar como aprendiz no culto uma vez na semana e só durante a semana, pq aprendiz não podia tocar nos domingos e cultos especiais e, engraçado, as vezes tinha grupo de aprendizes que tocavam melhor do q muitos instrumentistas. Sem contar com o fato de presenciarmos brigas entre os instrumentistas para não tocar. É q tinha uma escala e nem sempre se cumpria e as vezes a irmã tocava mais de uma vez na semana ou dias seguidos. Brigar para não tocar, para nós aprendizes q demoravamos a ser levantados, era um cumulo!
    Eu, apesar de toda a dedicação, não tive peixe grande pra ser “levantada” instrumentista e presenciei coisas do tipo aprendiz mudar de instrumento num mes e ser levantado no outro, aprendiz q tocava mais q todos os instrumentistas da oubra só ser levantado por indicação, ou ter q mudar de unidade local com poucos instrumentistas para conseguir ser “levantado” e pessoas de idole duvidosa tocando na igreja como se fosse o mais santo do mundo. Sem contar o preconceito contra quem só sabia tocar com cifra como eu. Afinal, era mais interessante pro pastor que soubesse tocar de ouvido ou q tivesse os hinos de cor. A gente sempre aprende o basico, o resto o aprendiz tem q se virar pra aprender…isso qd encontra alguem com boa vontade pra ensinar. Tem aprendiz q tem a sorte de ter um bom professor, mas geralmente, esse aprendeu em um curso fora da oubra. Infelizmente, eu não tive essa sorte e, mesmo não estando mais na seita, ainda treino e toco pra não perder a pratica…só q agora toco musicas muito mais abrangentes do q a coletanea 90% plagiada de musicos da decada de 60/70, harpa cristã e adventista…..Enfim…não ia dar certo mesmo eu de instrumentista nessa seita, pq eu, como a Dany-se, era muito rebelde….rsrsrs

    Deus abençõe a todos e a vcs, Euripia e Alandati

  2. É verdade ,eu fui quase tudo nessa denominação menos instrumentista , entretanto, minha filha foi e sabemos bem como funciona, chega a me enojar quando lembro do nepotismo, da falta de amor , do abuso de poder. Mas louvado seja o nome do “Senhor meu Deus ” que nos livrou desse julgo. Paz e Graça !

    • Irmã Ana, vivíamos em estado vegetativo, e isso é intrigante. Como fomos uns tolos em acreditar nessas falácias oriundas da monarquia quadragenária pseudocarismática…
      Mas por certo, mais de uma tonelada que pesava saiu das nossas costas, quando decidimos nos retirar do sistema escravizante da obra!
      Louvado Seja Deus!
      Fique à vontade! O espaço é nosso!
      Paz do Senhor!
      Alandati.

  3. Não pude deixar de ler e relatar algumas coisas que vivi como instrumentista na ICM. Vou citar algumas.
    1 – Certa vez fui repreendido por um pastor por estar com uma camisa que estava escrito JESUS É A LIBERDADE!
    2 – Depois de uma reunião de jovens, ficamos tocando, e um diácono GRITOU meu nome mandando eu parar de tocar, porque estava atrapalhando a assistência dele.
    3 – Era tecladista, quando uma pianista influente dos louvores icemitas se mudou para minha igreja. No dia seguinte a chegada dela, me chamaram e disseram que o Senhor deu um “dom” onde era pra eu não tocar mais teclado, e sim violão (não eletrico). E coincidêntemente ela virou tecladista naquele momento.
    4 – Depois de uma vigilia, um obreiro mandou um bilhete pra mim, dizendo que eu estava tocando como “roqueiro”, e que me colocaria no banco se não parasse naquela hora.
    Essas são apenas algumas das “experiências” na ICM vividas por mim. Se for contar, não caberia nesse espaço.
    Mas a verdade é que instrumentista é mal visto na ICM. No caso dos homens, quando viram instrumentistas, logo querem ser obreiros e assim vai. E muitos, quando viram obreiros, se recusam a tocar por acharem que tocar é descer um degrau na caminhada rumo ao ministério. Tocar é fazer algo inferior ao seu “chamado”.

  4. Na minha ex-unidade local só tinham estrelas… tinha escala para tocar e é lógico que sábado e domingo só os top podiam! Quem não era da panela era escurraçado. Quando não tinha jeito, abaixavam o som de determinado instrumento e aumentava de quem quem tocava melhor…
    Em dia de casamento, quem não era popular sofria, pois os bam-bam-bans só apareciam em casamento de gente “importante”.
    Obreiros, que eram “som do maanaim”, só apareciam no som quando tinha casamento chics ou quando tinha Pr. do pes visitando… lamentável tantas vaidades!

  5. Muito boooooom! Tb fui jumentista… Mas de terceira classe! Porque aprendi violão aos trancos e barrancos e nunca fui muito habilidosa, mas tinha que contribuir nos dias de semana quando as estrelinhas estavam trabalhando ou estudando. Houve tempo em que fui a única jumentista de uma igreja pequena em uma igreja pequena no interior do Rio… Como sofri! Não podia me ausentar de maneira auguma, tinha que estar em todas as reuniões, evangelizações, visitas, etc, etc, etc. Uma vez desobedeci a revelação dosinhô e saí um final de semana pra estar em uma comemoração da família do meu namorado ( hj meu esposo). Na semana seguinte osinhô revelou trinta dias de banco! Aff Hahaha
    Por fim muitos anos se passaram… Até que cansei e abandonei o instrumento. Ufa! Nunca gostei de tocar, e era desprezada pelos estrelinhas… Onde está o amor desse povo, hien?
    Mas somente há pouco tempo me libertei da oubra. Há um mês atrás ainda era professora. Tive que entregar a função sem dar muitas explicações e osinhô revelou que preciso passar pelo grupo de interceção. O Pr ta lá me esperando, marcou a reunião pra amanhã… Nunca será! Vai morrer esperando…
    Ainda tenho assisto alguns cultos lá por causa do meu esposo que ainda não se libertou totalmente. Me ajudem em oração!

    A raços, graça e paz a todos!

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