TV RETIRANTES – DOCUMENTÁRIO FUNÇÕES DA OBRA – UNGIDO

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Bem amigos telespectadores fiéis da TV Retirantes,

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É um prazer estar com vocês mais uma vez, para veicularmos mais um episódio do mais falado documentário do momento, o que aborda as funções da obra.

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Começamos pelas funções masculinas da obra, e já abordamos em dois episódios anteriores, as funções de obreiros e de diáconos em cada um deles.

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Muitas cartas recebemos, parabenizando pelo estudo feito, inclusive com pessoas se identificando com os aspectos ali tratados.

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Em se tratando de imprensa, esse ponto é de destaque, pois a mídia é sempre tachada de aumentar as coisas, e nós, com seriedade na informação a ser veiculada, sobretudo primando pela exatidão, estamos sendo premiados pelas felicitações dos nossos telespectadores.

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Agradecemos as palavras de carinho e incentivo dos telespectadores e, em nome da equipe da TV Retirantes, desejamos a todos muitas felicidades em seus intentos, principalmente no que diz respeito à vida pós traumática de saída da seita.

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Mas vamos então direto ao próximo episódio de hoje, que abordará uma função da obra que é muito curiosa, denominada “ungido”. Vamos lá?

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U N G I D O S

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Essa função de ungido, aplicada como eclesiástica, é uma invenção maranática!

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Na seita, é uma espécie de estágio entre o diaconato e o pastoreio.

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Ela é uma contemplação depois que o varão obrático já puxou saco bastante, perseverou no entendimento de obra, e quer ainda ascender na seita, mesmo tendo sido pisoteado pelos pastores

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Aqueles que  já provaram que são capazes de abandonar a família, prejudicar-se por vezes profissionalmente, abrirem mão dos finais de semana e feriados, para se dedicarem exclusivamente à obra, chegou a vez de subirem no trono desse estágio.

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Esse é o último degrau antes de alcançar o patamar de pastor, sem dúvidas o de maior desejo.

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Agora ele passa de (pes)oteado a (pes)oteador!

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Vamos combinar um negócio? Se foi um diácono meia-sola, será um “ungido” também meia-sola! Para perceber isso, não precisa ser um conhecedor de revelagens profundas obráticas, sendo essa conclusão extremamente óbvia!

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O ungido recebe do pes a unção perobática, que é o óleo de peroba que o torna ungido (https://diganaoaseita.wordpress.com/2012/10/04/a-cara-de-pau-do-davi-da-maranata/).

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Nesse estágio probatório, ele já recebe no pacote:

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-Imunidade “não toqueis nos meus fingidos.”  Com isso ele então já pode humilhar mais qualquer um que esteja abaixo do seu posto que não sofrerá nenhum ataque ou crítica;

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-Passa a frequentar as reuniões dos pastores e vai conhecer mais os “segredos da obra”;

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-Poderá frequentar o restaurante especial para os fingidos, digo, ungidos;

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-Vai poder mandar nos diáconos e obreiros;

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-E recebe o acréscimo de “ungido” antes do seu nome.

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Como vocês podem notar, são tantas as vantagens de ser ungido!

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Podemos chamar a atenção aqui para uma distinção que é feita na obra, de cunho prático, e que quem é de fora, pode não entender: quando é usada a tônica “não toqueis nos meus ungidos”, ou até mesmo quando se refere ao termo ungido, no geral, está endereçado aos pastores e “ungidos” somados, no sentido lato (abrangente), enquanto os ungidos, como estágio que antecede o pastoreio, é considerado em sentido strictu (específico). Entendeu? Viu que a coisa, mesmo que inventada, tem regulamento?

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Uma curiosidade muito grande nessa função inventada é que, ao ser  ungido, o varão começa um período de provação. A alegação é a de que Davi, ao ser ungido por Samuel, iniciou um processo de grande provação sendo duramente perseguido, provado e aprovado como rei. Como a obra é de Davi…

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Diante dessa expectativa de provação, as esposas desses candidatos a tal função, sentem verdadeiro pavor ao ver seus maridos sendo ungidos. Elas ficam na dúvida se comemoram ou se entristecem!

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O temor de que alguma tragédia possa ocorrer a ela, ao marido e aos filhos as deixam apreensivas, mas, sabendo que é necessário tal sofrimento para alcançar, no futuro, a tão almejada função de pastor, elas enfrentam corajosamente tal estágio. Afinal, o que importa é a obra, mais nada.

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São tantas as emoções nesta função! Eu vou falar em versos:

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Com ela, o varão estará bem perto do “MINISTÉRIO”,

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e saberá mais sobre o MISTÉRIO,

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que vem do PRESBITÉRIO.

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Mas, não sabem que o negócio ficou SÉRIO,

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e a briga agora é fugir do “CEMITÉRIO”.

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Mas voltando a nossa prosa, não há aberração maior do que essa função, mesmo porque não existe biblicamente.

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Todas as vezes que, na Palavra, vemos alusão ao termo, indicaria o ato, quase que ritualístico, de cobrir com óleo o rei ou o sacerdote, que estaria então revestido da função de governo que estaria prestes a se empossar, emanada de Deus. Ou seja, as funções são de rei e de sacerdote, e que são precedidas do ato de unção!

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Um bom exemplo de unção de rei, que podemos citar é a do Rei Davi:

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“Então disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite, e vem, enviar-te-ei a Jessé o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.
Porém disse Samuel: Como irei eu? pois, ouvindo-o Saul, me matará. Então disse o SENHOR: Toma uma bezerra das vacas em tuas mãos, e dize: Vim para sacrificar ao SENHOR.
E convidarás a Jessé ao sacrifício; e eu te farei saber o que hás de fazer, e ungir-me-ás a quem eu te disser.
Fez, pois, Samuel o que dissera o SENHOR, e veio a Belém; então os anciãos da cidade saíram ao encontro, tremendo, e disseram: De paz é a tua vinda?
E disse ele: É de paz, vim sacrificar ao SENHOR; santificai-vos, e vinde comigo ao sacrifício. E santificou ele a Jessé e a seus filhos, e os convidou ao sacrifício.
E sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe, e disse: Certamente está perante o SENHOR o seu ungido.
Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração.
Então chamou Jessé a Abinadabe, e o fez passar diante de Samuel, o qual disse: Nem a este tem escolhido o SENHOR.
Então Jessé fez passar a Sama; porém disse: Tampouco a este tem escolhido o SENHOR.
Assim fez passar Jessé a seus sete filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O SENHOR não tem escolhido a estes.
Disse mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os moços? E disse: Ainda falta o menor, que está apascentando as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Manda chamá-lo, porquanto não nos assentaremos até que ele venha aqui.
Então mandou chamá-lo e fê-lo entrar (e era ruivo e formoso de semblante e de boa presença); e disse o SENHOR: Levanta-te, e unge-o, porque é este mesmo.
Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá.”.

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1 Samuel 16:1-13

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Uma citação bíblica para a unção recaindo sobre o sacerdote:

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“Também ungirás a Arão e seus filhos, e os santificarás para me administrarem o sacerdócio.”.

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Êxodo 30:30

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Agora o maior exemplo de unção repousa no Senhor Jesus, que foi profetizado antes por Isaías e confirmado pelo próprio Jesus, e que exerce as duas funções, Rei e Sacerdote:

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“E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:
O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração,
A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor.
E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.
Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.”.

Lucas 4:17-21

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Bem, conforme a Palavra, a unção é um ato, de deitar óleo sobre o escolhido de Deus para o exercício da sua função, e não uma função propriamente dita. Isso só ocorre na obra “maravilhosa” gedeltiana!

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A figura do ungido é tão estranha que ele não é mais diácono, para estar à frente de grupos de assistência, e portanto estaria fora de diversas tarefas inerentes ao diaconato, e ao mesmo tempo ainda não é pastor, e portanto não pode definir situações nas unidades locais, pois deve obediência ao mesmo.

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O ungido vive em um limbo, que é uma zona cinzenta entre o diaconato e o pastoreio, e muitas vezes, como tudo na obra é inventado, vira um paraquedista, que chega em cima da hora nas reuniões, e é o último às vezes a saber do que está acontecendo com a membresia.

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Que loucura é inventar um negócio que está fora da Palavra, não é mesmo? Só traz insegurança e desconforto! Meu Deus!

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Estive meditando na função berrante de ungido, existente na obra, e me lembrei de uma musiquinha denominada “É tão lindo”, do grupo infantil A Turma do Balão Mágico, que falava de um amigo estranho, que tinha bico de pato, jeito de sabiá, bigodes de foca, nariz de tamanduá, orelhas de camelo, e fiz uma adaptação, que ficou mais ou menos assim:

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É tão lindo!

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Se tem ungido na obra, ninguém pode questionar
Parece meio estranho hein!
Também, tudo é revelado e nisso pode se inventar

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Mas se é ungido, não precisa mudar
É tão lindo, deixa assim como está
E eu adoro, na obra, difícil é a gente explicar
O que é o ungido!

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Se tem ungido na obra, ninguém pode questionar
Parece meio estranho né?
Mas, se é ungido de fato
A gente deixa como ele está

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É tão lindo, não precisa estudar
É tão lindo, é tão bom se enganar
E eu adoro é claro, difícil
É a gente encontrar fundamento bíblico

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São os sonhos, devaneios, quando existe amor
São os grandes despenseiros
Da obra, os obreiros, parecendo um filme

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É tão lindo, não precisa mudar
É tão lindo, deixa assim como está
E eu adoro e agora eu quero poder lhe falar
Dessa vil maldade que nasceu: a obra e eu
Nós e a obra, vocês e eu, e é tão lindo!

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Tio, é legal ter um ungido, né?
Maravilhoso!
Mesmo que tenha ungido na obra
E na Palavra, não há!
E “ossinhorevelô”, tio, lembra?
E “ossinhorrevelô” é…
É mesmo, “ossinhorrevelô”, mas é fingido né!
Se é pra obra, então não se deve mudar…

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Ficamos por aqui então. Deixo o link abaixo, da música original, que inclusive tem a participação de Roberto Carlos, para que possam acompanhar com a nova letra:

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http://letras.mus.br/a-turma-do-balao-magico/68344/

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E até o próximo episódio do nosso documentário “funções da obra”, quando abordaremos aspectos a respeito da tão cobiçada função de pastor.

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Um abraço a todos os telespectadores e até lá.

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Pesquisa realizada pelos jornalistas Eurípia Inês e Alandati.

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